A cibercultura trouxe ao grafite uma expansão de ideais, pois o alcance da arte através de blogs, fotologs, facebook e sites dá liberdade ao artista de eternizar todas as suas obras feitas e reuni-las onde todos podem ter acesso independentemente de tempo e espaço. A arte que talvez estivesse fadada a desaparecer com o tempo pelo espaço (urbano), hoje tem sua memória preservada pela acessibilidade da web.
As redes sociais em torno do grafite estão inscritas nas condições de tribos urbanas, estando diversificadas através da pós modernidade, se convertendo em um elemento estético e um modo de ser e ver o urbano na sociedade contemporânea, tornando-se uma outra forma de ultrapassar a linguagem formal da arte, que seria somente considerada no "ali" e "agora". Permite inclusive um alcance global, levando o artista a um outro patamar de reconhecimento através de uma simples postagem, de forma a dar liberdade aos envolvidos de trocar experiências, técnincas e novas descobertas.
A interação não se aplica somente no espaço urbano, quem viu, vê e verá, por exemplo, as fotos de um grafite. Algo que já se tornou desterritorializado pelos meios de comunicação de massa e migram para uma forma muito mais veloz e dinâmica. Porém, as mídias digitais não conseguem captar a essência na hora da execução do trabalho, que é algo único para quem está dentro do projeto, sendo algo singular e uma qualidade particular, que é significativo para a arte de rua e aquele que a faz.
O grafite se deve ao território como marca de uma "tribo" onde a conquista de novos espaços urbanos e digitais trazem uma nova realidade e um novo contexto para as mesmas conquistas territóriais, cujo espaço e tempo diferem do meio original que é a rua, passando a ser um novo modo de diálogo e forma de interação desta arte ao público. E o fato de buscar novos lugares para grafitar também ganha proporção, projeção e criatividade, sendo uma arte híbrida, moderna e embarcada na cibercultura de forma indeterminada.
0 comentários: