Pichar edificações ou monumentos urbanos continua sendo proibido e acarreta pena de até um ano de detenção mais multa. Atualmente considera-se que o grafite tenha enorme valor cultural, histórico e social, e seja relevante e representativa fonte dos sentidos e contextos das cidades, que por sua vez é entendida como mensagem e meio, simultaneamente, ao veicular o grafite.
Pode se considerar, portanto que, o espaço não só é um suporte para a criação, como sua matéria-prima. Seu público-alvo torna a ser qualquer pessoa que cruze aquele trajeto e visualize sua mensagem.
O grafite pode ser considerado como uma forma de expressão, uma vez que busca externalizar as emoções do autor. Segundo o Dr Ehrenfried O. Wittign“A pichação, ou especialmente o grafite são expressões de concepções de emoções com conotação ou tradução de alegrias, ansiedades, sofrimentos, para incomodar, agredir, desafiar, transformar, decorar, gritar ou por prazer, como outras artes.”
Também expressam insatisfações pelo estado de vida, injustiças, auto realização, exposição pública e comunicação.
O grafite, como forma de arte, provoca algum tipo de emoção no espectador. Ainda que nenhuma obra cause exatamente a mesma sensação, existe uma característica em comum entre elas: a estética. Esta, inclusive, de acordo com Clive Bell diferencia obras de arte de pinturas descritivas, pois liga o observador à criação sentimentalmente.
O fato é que o ser humano tem necessidade de manifestar seu interior, e é excelente que ele o faça, para que possa prosseguir com uma vida mais leve, saudável e feliz. Porém é de extrema importância que sejam mantidos os princípios éticos e legais. A expressão é positiva desde que não interfira negativamente no espaço do próximo. Praticar o graffiti é artístico, executar a pichação é criminoso.
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