terça-feira, 28 de outubro de 2014

ENTREVISTA: COTIDIANO

terça-feira, 28 de outubro de 2014 - by Blog de Cultura Jovem 0


       Seguindo os pensamentos da semana passada, a esfera subversiva do underground é mais presente no nosso cotidiano do que muitas vezes percebemos. Pode também estar inserida no seu modo de pensar, agir e ser. a sua tendencia para a subversividade, o torna   praticante deste modo de vida.
Esta semana entrevistamos a cabeleireira e estudante de visagismo,  Bárbara Schiavinato, 19 anos,  que possui pensamentos voltados para um seguimento alternativo.
Segundo a entrevistada, os gostos oferecidos pela mídia são superficiais:

’ Olha eu acho tudo isso uma babaquice. Não deveria existir padrão para absolutamente nada. Cada pessoa é de um jeito. Vive de uma forma, pensa coisas diferentes sobre determinados assuntos. Tem temperamento diferente. Um cotidiano único. Religião. Gostos. Crenças. Então por que padronizar roupas e estilos musicais se não somos iguais? Cada um de nós é único e jamais vai existir outra pessoa igual. Não é porque tenho tatuagens que necessariamente tenho que gostar de rock e usar roupas impostas pela mídia e pela moda.’' 
Acorda  às cinco da manhã, estuda, almoça e vai trabalhar. Seu cotidiano é agitado como o de qualquer jovem. No tempo livre prefere ir a shows, barzinhos e baladas. Tudo isso começou por influência de seu irmão mais velho:
‘’ Meu irmão mais velho que me levou para conhecer o mundo. Com 14 anos eu já entrava em balada com ele e já dava rolês que nem eram para minha idade [...] ‘’
Suas tatuagens, suas roupas, sua inspiração no ‘’estilo’’ PIN UP, lugares  que freqüenta, músicas diferenciadas, atitudes e convicções, muitas vezes levam pessoas a criarem uma reação de pré-julgamento sobre seu caráter.
‘’Quando as pessoas me veem a primeira vez, tem a impressão de que sou brava, esquentada e que vou xingar todo mundo, talvez pelas tatuagens, maquiagem e roupas, mas é totalmente ao contrário, depois que me conhecem sabem que eu tenho um coração enorme e que sou muito amorosa com todos, mas que tenho sim minha opinião formada e falo para quem quiser ouvir. ‘’



     A estudante também possui seus sonhos, metas, objetivos e esperança de vida. Luta por um mundo melhor e defende a ideia de que todos devem fazer pelo menos a sua parte para que haja alguma mudança positiva.
’Todos nós sabemos que muitas coisas precisam ser mudadas no mundo. E quase todas estão em nosso alcance e não vemos. Se cada um fizer a sua parte todo dia um pouquinho o mundo seria com certeza melhor e as pessoas mais felizes. O mínimo já é alguma coisa, já é uma mudança. Não temos que pensar que se o outro não faz, porque nós então deveríamos fazer. Vamos cada um fazer nossa parte por um mundo melhor’, explica Bárbara encerrando a entrevista.
             Para entendermos melhor como é o comportamento destes jovens e grupos Undergrounds  na sociedade  nós, do Classe Econvidamos a psicóloga Jacqueline Sanchez para expor sua opinião sobre este universo alternativo: 



‘’Os grupos underground, por exemplo, tentam fugir da “alienação advinda da sociedade”, tentam construir uma ideia diferente daquela padronizada, por não concordarem, ou por não aceitarem.
Desta maneira, costumam vestir-se de forma diferente, de forma excêntrica, tentam de diversas formas passar a mensagem:  " não sou igual a você" ou “não penso como você”.
Frequentemente podem surgir novos grupos, com ideias diferentes. E isso ocorre pois todo ser humano têm uma influência de alguém, ou melhor dizendo, todos tem um “modelo” com o qual se identifica, ideias em comum, pensamentos e atitudes parecidas e, deste modo, unem-se em prol de algo em comum.
O ser humano busca o tempo todo encontrar um sentido para as coisas, para a vida, por isso ao unir-se em grupos, sentem-se mais seguros, sentem-se “EXISTINDO NO MUNDO”, como aponta Sartre, um filósofo muito conhecido: “A existência precede a essência”. Seguindo essa linha de raciocínio, o ser humano busca sempre estar inserido na sociedade, não importa de que forma , o importante é que ele encontre um sentido para a vida, para o pensamento, ideias, atitudes, buscam sempre estar ao lado daqueles que escolhem os mesmos caminhos, isso fortalece os laços sociais.
Não se pode julgar nenhum pensamento, nenhuma atitude alheia, pois, da mesma forma que não concordamos com algo, muitos irão concordar, ou vice-versa.
O que de fato importa é nos sentirmos parte da sociedade, da nossa maneira.‘’
            Entende-se que grupos como Underground e todas as pessoas que criam suas próprias ideologias de vida de modo a afetar o senso comum, precisam manter um certo equilíbrio para  viver em uma sociedade quase toda padronizada, cheia de regras e alienações. Afinal todos têm suas vidas: trabalho, estudo, lazer, família, amigos, objetivos e concepções. Ser diferente é diferir tudo oferecido pela mídia hegemônica. E não ter apenas um raso conhecimento sobre as coisas, mas sim se aprofundar e procurar entender os porquês. Para que facilite a sua verdade individual.


Na próxima semana abordaremos um tema suuuuuper divertido... Ficou curioso? Então não deixe de curtir o CLASSE E  no Facebook e fique por dentro de todas as novidades!  Até Terça que vem!









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